Texto “Num mundo wiki, uma escola idem – Parte I
O conceito de wiki, criado em 1994, com filosofia colaborativa para auxiliar documentos e apostilas inspirou a criação da Wikipedia, enciclopédia eletrônica caracterizada pela possibilidade de edição interativa, entre os seus milhões de leitores. Isso enfatiza a liberdade de criação, produção, do conhecimento compartilhado. Ainda que seus produtores não sejam seus plenos detentores, o conteúdo dessa “rede” se apresenta e se mantém com qualidade, pelas constantes revisões que são realizadas, ou seja, trata-se de uma construção coletiva.
É evidente que se trata de uma nova forma de difusão do conhecimento, mas que precisa ser interada com os modelos mais tradicionais como os livros e enciclopédias, pois entender a Wikipédia exige compreender o conhecimento como fenômeno coletivo, que pode ser discutido e disseminado entre os componentes dessa prática. Esses elementos já existentes, apesar de não serem tão dinâmicos quanto os modelos “wiki” são imprescindíveis por registrar com antecedência aquilo que a Wikipedia ou outros modelos do gênero propagam.
A participação de quem lê a Wikipedia, por isso, é extremamente oportuna, pois sem interpretar a realidade, não se concretiza o conhecimento, é preciso não apenas acompanhar os hipertextos, mas entender a história neles contida. Eles não estão limitados apenas aos links, mas remetem uma busca mais aprofundada e solidifica a liberdade para trocar experiências, numa dimensão universal, o que acaba por enriquecer qualquer forma.
A Wikipedia é, assim, a confirmação do mundo em que nos inserimos, onde ninguém sabe tudo sozinho, os segmentos da ciência se complementam, o conhecimento individual torna-se coletivo, não há mais fronteiras para o saber e, desse modo, adequar-se a esse ambiente constituirá processo indispensável para fazer parte desta era.
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